quinta-feira, 29 de julho de 2010

Tristão e Isolda


Ele a sonhava

Ela não existia

Ele a buscou

Mas ela não existia

Ele a encontrou

Mas quando olhou no fundo dos seus olhos, ele viu...

Ela não existia, apenas fugia como miragem na areia

Então ele a buscou em tantas outras que nelas se perdeu...

Ele foi para o mar, para terras distantes

Ele se cansou, então ele esperou, ele envelheceu...

Isolda não chegou

Nenhuma nau de velas alvas ou negras ao mar distante se anunciou ...

Se quer alguma embarcação...

Isolda, não teve culpa

Ele a inventou...

Ela, não existiu...




Um comentário:

  1. Que talento! que poesia!
    Que triste fim!
    As invenções do dia a dia...
    E é tudo inventado, sem mentira nenhuma!

    ResponderExcluir