domingo, 18 de julho de 2010

Manto das estrelas


Nunca me senti criança
passa as mãos pelos meus cabelos
seca em bolhas de sabão minhas lágrimas quentes
tranquila, me faz ser quem sou
mostra-me a flor do dia
como se soubesse onde minha noite mora
como se ja não faltasse tão pouco tempo para nunca mais
tece-me em manto de luzes
beija me as palavras nas palpebras
faz-me toda um relicário
mãos de menina em fitas brancas
bocas de fada, sibilantes, lancinantes, lírios
meus olhos em faz de conta
contam noites de perdida infância
quando quiseres dizer que nunca existi
conta ao contrario as estrelas
como quando brincavamos
e você era eu no manto delas.

Um comentário:

  1. Quer me fazer chorar, né? Isso não se faz!
    Estou brincando, amado e idolatrado "avô", tu és a pessoa que mais admiro nesse mundo, mas não comente com o Ari, não, senão ele fica enciumadinho... rsrs.
    Parabéns pelo blog! Digo de ti...

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