domingo, 18 de julho de 2010

A FLOR, A ESPADA E A BAILARINA


Na beira do abismo, a bailarina
único passo, mas decididoteria ido, mas exitou...
Tem o abismo, tem a espada, e ela frágil, um coração
Se saltaria, não saberia, se se acabava ou se voaria
A ciêntista, a equilibrista...Para tal segredo e tal minúcia, aquela chave já não teria...
E do veneno letal perfume a única gota que se esvazia
Daquela cor, que irradia, de sua face não se veria
Um sutil matiz tão violento e tão singelo, que nem se pensa que é mortal
Um pequeno passo da bailarina
Saia dai! não... tenha coragem...
não tem mais volta do precipício
É só um passo, mas é para sempre
Vem, diz o vento, eu te seguro!
Mas pobrezinha a bailarina
Que era leoa, dragão de fogo
Agora frágil, tão flor tão triste
tão pequenina, já se implodia em medos muitos
já era tarde, já era frio, já era junho
ela queria, e só queria, o mesmo braço, o mesmo abrigo
de que em perigo, se afugentou...

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