domingo, 18 de julho de 2010

Veneno

Cuspo ainda o veneno da tua boca
rendas morbidas em caixas empoeiradas
Daquela noite so restaram as cinzas
que ja estão ali, pra serem levadas ao vento
já não era eu quem cortava os meus cabelos
quero cortar meus cabelos pra não ter mais a imagem que você venerava
Quero transfigurar-me para não ser reconhecida
Tesouras, grampos, fitas, sangue pisado
Dentro do telefone , o alcool, o vidro do perfume estilhaçado...
como o brilho das luzes das cidades distantes
lágrimas na madrugada
A febre do meu corpo, brilho sem identidade
não quero mais ser a mesma que você amava.

Um comentário:

  1. Adoro essa núvem carregada sobre sua cabeça! Sou honestamente propenso a ser atraido por todo tipo de destruição. Tem frases maravilhosas ai, uma
    delas "Cuspo ainda o veneno da tua boca" lindo!

    ResponderExcluir