Quando você não está
cresce um vazio que já existia e eu não sabia que era teu
"Meu eu" ( urgh!!!) melodramático e cafona ajeita de cada lado a ponta fina dos bigodes pretos
em mim o canastrão respira fundo e diz um "ai!"
Quando você não vem
Eu te espero como se isso fosse algo da minha competência
visto as minhas chinelas de velha mãe
batendo o pé a meia noite em frente ao relógio
E se não aparece
Chego a fingir que algo escurece
as minhas tintas borram de cinza todo o cenário que colori te esperando
Arrumo um circo, nariz vemelho no dia em branco, assim sem graça
E se contudo ainda não chegas
Me resta agora, seguir afora, naquela rua que não é minha
Mas que eu ladrilhava com pedrinhas coloridas
só para ver você passar...
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