domingo, 18 de julho de 2010

O velho noturno e a menina

Sou o velho noturno silencioso em memórias perdidas
Sou a menina que se surpreende com alma que se esvai pelo fundo do espelho
Lá dentro de mim adormece um dragão de mil anos
Sonho que minha alma tem a leveza de uma flor quase viva
Como a força que se vai a cada minuto nos pedaçinhos da vida
O alivio do destino escrito apagado e refeito
Eu não esperava que nascesse esse novo dia
O velho que aceita a sua morte tão próxima quanto as lágrimas dos sonhos ao vento..
Caminha a menina, já longe de qualquer infancia
Abre as mãos e solta as flores que morreram longe da primavera
Lá fora a lua cheia, lá dentro a lua cheia
Ela acha que a lua não foi feita para ser tocada
Ele a ensina a caminhar sobre a lua cheia
A areia fina se espalha no vento...
tudo mais é silêncio...
tudo mais é poeira guardada numa caixa de memórias...

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