quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Fuga


Preciso de um deserto qualquer

Que tenha grãos de areia preciosos

Que sejam como um tempo preso em fotografia

Quero viver ali sete mil anos, que a senteça seja branda


Preciso me esquecer, de qualquer coisa

Do que me faz não querer ir

Me custa tão caro ter paz

Minha paz custa o meu inferno


Quero dançar um tango com a minha morte

até que ela me diga os mil caminhos em que me perdi

até que ela me diga por que eu vim

até que eu ouse dizer não