
Quem sou eu?
doce, incandecente, tão sutil brisa
passarei por aqui invisível
o coração num unguento de flores
força tenho mas minha sutileza é quem devora
Calma, conta o relógio agora um silêncio necessário
Tudo o que tiver que ser, será amanhã
Hoje não...
Hoje só posso estar anestesiada
Fecho os meus olhos para ter só aquilo que vejo
e o presente me acalma
Cada respiração leva embora rios de dor
rios que não quero mais, estou exausta dos meus holocaustos
Tenho pedido tanto por silêncio
Rezei mais de mil orações indizíveis para reencontrar minha alma
Como quero esse copo de água com açucar
Como quero estar apenas eu comigo mesma
Como quero tanto esse sono reparador
Pulsatila, me quero leve como você brincando ao vento
Na liberdade de nada mais ter que ser
além de tudo e simples nada
sem qualquer futuro ou passado
Apenas mais uma flor
da mais leve brisa gerada
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