domingo, 5 de setembro de 2010

Pulsatila


Quem sou eu?

doce, incandecente, tão sutil brisa

passarei por aqui invisível

o coração num unguento de flores

força tenho mas minha sutileza é quem devora

Calma, conta o relógio agora um silêncio necessário

Tudo o que tiver que ser, será amanhã

Hoje não...

Hoje só posso estar anestesiada

Fecho os meus olhos para ter só aquilo que vejo

e o presente me acalma

Cada respiração leva embora rios de dor

rios que não quero mais, estou exausta dos meus holocaustos

Tenho pedido tanto por silêncio

Rezei mais de mil orações indizíveis para reencontrar minha alma

Como quero esse copo de água com açucar

Como quero estar apenas eu comigo mesma

Como quero tanto esse sono reparador

Pulsatila, me quero leve como você brincando ao vento

Na liberdade de nada mais ter que ser

além de tudo e simples nada

sem qualquer futuro ou passado

Apenas mais uma flor

da mais leve brisa gerada



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