
Existem mãos silenciosas que se juntam no escuro
canções de exílio de pátrias desconhecidas
Caminhos interrompidos, exitante alguém diante do próximo passo
Eu vejo os olhos que choram pelos cavalos descontrolados
As rédeas perdidas, de corações que deliram por caminhos irracíveis
As preces mais belas são as mais doentias
E ainda há mãos que não oferecem ajuda, por que estão contando as próprias feridas
Eu choro pela minha prece, contemplo fora do espelho a minha imagem desfeita
Subindo a escada ao contrário, vejo mil escadas que não levam a qualquer lugar
Arlequins transfigurados me fazendo mil perguntas sobre livros que nunca li
Meu teatro de ilusões e sombras não me deixa ver o que é real
Minha prece já foi ouvida? não sei...
Caminho no inferno de Dante e lamento agora não te-lo lido
Não existe fogo que arde e sim gelo e distância
Logo alí vejo Eurídice, e a invejo pelo seu Orfeu, mais um gole de veneno...
Espero pelo meu resgate, que seja ouvida a minha prece
que eu seja salva antes da tempestade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário