sexta-feira, 19 de novembro de 2010

São Sebastião Bufão


E se eu tivesse atravessado aquela porta

Será que eu estaria assim?

Bufão, um São Sebastião assim atrapalhado

Que nada mais eu sou além de mil pedaços

De um lado ladrilha, brilha a lágrima cintila

Do outro maqueia o sorriso, cansado, arrependido

De ser Sebastião, um santo dolorido

De ser esse Bufão, na cor da corda bamba

Do riso escarnecido do publico pagante

Retira a flor e o fel de um lencinho brilhate

E sua apoteose até parece samba

Recolhe a sua dor passando seu chapéu

Lá vai Sebastião, palhaço arrependido

De ter se tornado mambembe vagabundo, desvalido
a buscar felicidade em brilhos de estrelas tontas

Que cantam em sua glória um dia ter existido



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