E se eu tivesse atravessado aquela porta
Será que eu estaria assim?
Bufão, um São Sebastião assim atrapalhado
Que nada mais eu sou além de mil pedaços
De um lado ladrilha, brilha a lágrima cintila
Do outro maqueia o sorriso, cansado, arrependido
De ser Sebastião, um santo dolorido
De ser esse Bufão, na cor da corda bamba
Do riso escarnecido do publico pagante
Retira a flor e o fel de um lencinho brilhate
E sua apoteose até parece samba
Recolhe a sua dor passando seu chapéu
Lá vai Sebastião, palhaço arrependido
De ter se tornado mambembe vagabundo, desvalido
a buscar felicidade em brilhos de estrelas tontas
Que cantam em sua glória um dia ter existido
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