
Bastou.
Para bagunçar o que estava errado, mas arrumado, parecia certo
Bastou, na fogueira da face da lua, um pouco de olhos-bem-querer-de-mentira
Inconfundível, em minha homenagem, desenha seu nome, seu riso, seu cinza.
Desenha em mim
Rabisca em meu avesso sua delícia de ver mundos com olhos escondidos
Descobre espaços ocos antigamente habitados
Vivi nesta casa vazia
Viajei pela casa que não é mais casa, milenios feitos de um pequeno agora
Bastou, encontrar aquela flor em ti escondida, e minha
Minha, por que assim eu a quero.Mesmo que nunca.
Para meus pensamentos assim se esvaíssem logo te seguindo
Como fotografando cada fragmento incompreensível de mim misturados aos seus cacos
Me importa te proteger aqui, bordado na minha memória sagrada
De poeta, de louco, de solo árido
Que vê a sua passagem trazendo de novo vida em minha secreta paisagem
E te deixa ir embora
Sou apenas uma operária, neste séquito de estrelas rainhas.