
Preciso de um deserto qualquer
Que tenha grãos de areia preciosos
Que sejam como um tempo preso em fotografia
Quero viver ali sete mil anos, que a senteça seja branda
Preciso me esquecer, de qualquer coisa
Do que me faz não querer ir
Me custa tão caro ter paz
Minha paz custa o meu inferno
Quero dançar um tango com a minha morte
até que ela me diga os mil caminhos em que me perdi
até que ela me diga por que eu vim
até que eu ouse dizer não